Super feliz com minha gravidez e doida pra ver o bebezinho na ultra, o laudo da ultra deu Gravidez ectópica ou insipiente. Ou seja, ou eu estava com o embriao nas trompas ou ainda era tão pequeno que não dava pra visualizar. Foi um banho de água fria! Corri a ginecologista que apenas sugeriu esperar. Fiquei assustada pois li várias coisas sobre essa gravidez tubária e vi que se o embrião romper nas trompas a mulher poderia ficar estéril. Que situação eim? resolvi procurar outra médica que pediu pra avaliar uma nova ultra algumas semanas depois e foi verificado que havia algo indefinido nos meus óvários e que provavelmente poderia ser o embrião. Caí no choro e vi que a coisa era mais séria que eu imaginava. A médica nº 2 resolveu fazer um exame de toque em mim e disse que eu estava cheia de gases e precisava fazer a cirurgia no dia seguinte para não ter complicações futuras. Entrei em pânico e resolvi pedir a opinião do ultrassonografista: Ele falou que o ideal seria aguardar um pouco mais pois apesar de não haver saco gestacional no útero(não tinha nada no meu útero) o que havia nos ovários poderia ser um corpo lúteo. Uma semana depois, fui novamente fazer a ultra e "a coisa" continuava nos meus ovários, no entanto havia aparecido um pontinho no meu útero que sugeria um saco gestacional mas a imagem não era tão clara que pudesse afirmar que aquilo era um embrião. Esqueci a precipitada médica médica nº 2 que queria fazer a cirurgia com urgência e voltei para a médica nº 1 com a ultra que mostrava o possível saco gestacional: ela me falou que o pontinho no meu útero poderia ser um coágulo de sangue causado pela inflamação nos ovários. Eu fiquei sem chão e cada vez mais me convencia que era uma gravidez tubária mesmo.
Enfim, decidi ser mãe e meu marido resolveu comprar uma boneca pra eu ir treinando. Ele colocou essa boneca pra chorar no meio da noite e eu fiquei furiosa, foi quando ele disse que eu ainda não estava preparada pra o ofício. A bonequinha foi batizada com o nome de Yasmin e se tornou nossa companheira em casa, chegando até a viajar de avião conosco pra conhecer os avós. Foi um vexame na hora do chek in quando Yasmin resolveu chorar na bolsa e logo verificaram que era apenas uma bonequinha. Enfim, parei de tomar o remédio e pensei que gravidez era algo on-line. É estranho, saber que algumas mulheres possuem uma facilidade enorme pra engravidar mesmo sem querer ter filho e outras que ficam sonhando em engravidar passam uma série de provações. Voltando ao ON-LINE, chegou o fim do primeiro mês de tentativas e quando menos esperei...lá estava o bendito sangue. Fiquei eufórica, já imaginando que eu poderia ter algum problema e fui a médica apavorada. Foi quando ela me informou que não é tão rápido assim como imaginei e disse que eu não ficasse ansiosa pois era apenas o primeiro mês. Chegou o fim do segundo mês de tentativas e lá estava o bendito sangue novamente...chorei a bessa e coloquei na cabeça que eu estava com sérios problemas. Resolvi então procurar na internet truques pra engravidar: Fazer amor e ficar com as pernas pra cima, suco disso...suco daquilo, tomar muita limonada, tomar muito milk shake, sorvete, ir pra um lugar frio...e fiz tudo de uma vez no terceiro mês de tentativas. Até o lugar frio eu fui...comprei um pacote pra Buenos Aires e continuei nos truques. Quando voltei da Argentina: Percebi atraso na menstruação e fiz o teste de farmácia que deu negativo. Uma semana depois repeti o teste de farmácia e advinha: POSITIVO!! corri pra o laboratório no dia seguinte e confirmado o positivismo! No dia seguinte ao BETA corri pra ginecologista que me passou uma ultra. Foram os 3 meses(tentativas pra engravidar) mais demorados de toda minha vida. A essas alturas toda minha familia já estava sabendo da gravidez.
Eu acredito plenamente que nossa vida é pré-determinada por Deus e de acordo com nosso comportamento Ele vai adicionando e retirando coisas das nossas vidas até definir nosso destino. Não esperava o casamento na época que casei, pensei que apesar do namoro de quase 5 anos, ainda demoraria um pouco pra chegar o dia do casório, mas foi um pouco diferente do que imaginei. Casei, fui morar em outro estado e mais uma vez surgiu um novo plano: Eu falava que depois de um ano de casada, gostaria de ser mãe. Na verdade, eu não sabia se era isso realmente que eu queria porque eu estava longe da familia, mas pensei que não valeria a pena adiar esse momento.
